terça-feira, 17 de abril de 2007

Coisinhas importantes...


Apesar de não gostarmos de falar sobre isso, temos que entrar pra cirurgia sabendo que existem riscos então resolvi citar aqui alguns deles:

Riscos e complicações das cirurgias para obesidade mórbida
- MORTE
- COMPLICAÇÕES POTENCIALMENTE GRAVES
Cirúrgicas:
- Ruptura da linha de grampos, necessitando reoperação;
- Perfuração do estômago/intestino ou vazamento, causando peritonite ou abscesso;
- Sangramento intestinal requerendo transfusão;
- Infecção grave da ferida – abertura da cicatriz – hérnia incisional;
- Lesão do baço necessitando sua retirada;
- Lesão de outros órgãos;
- Obstrução da bolsa gástrica ou obstrução intestinal.
Pulmonares:
- Pneumonia – atelectasia (colapso do pulmão) – acúmulo de líquido no tórax;
- Insuficiência respiratória – edema pulmonar (líquido nos pulmões);
- Formação de coágulos nas pernas e/ou pulmões (embolia);
- Colabamento do pulmão (atelectasia).
Cardiovasculares:
- Infarto do miocárdio (ataque cardíaco) – insuficiência cardíaca;
- Arritmias (batimentos irregulares do coração);
- Derrames (acidente vascular cerebral).
Rins e Fígado:
- Insuficiência renal aguda;
- Insuficiência hepática – esteato- hepatite / esteatonecrose (pode progredir para cirrose).
Psico-sociais:
- Anorexia nervosa – bulimia;
- Depressão pós-operatória – problemas sociais disfuncionais;
- Psicose.
OUTRAS COMPLICAÇÕES
- Infecção da ferida ou da pele / cicatrizes, deformidades, pele flácida;
- Infecção urinária;
- Reações alérgicas a drogas e medicamentos;
- Vômitos ou náuseas / impossibilidade de comer certas comidas;
- Deglutição inadequada;
- Inflamação do esôfago (esofagite) – refluxo ácido (azia);
- Diminuição de sódio, potássio, glicose sanguínea – pressão arterial baixa;
- Problemas com a saída da bolsa gástrica (estreitamento ou alargamento) na cirurgia de Capella;
- Anemia – deficiência metabólica (ferro, vitaminas, minerais);
- Perda temporária de cabelo – desnutrição protéica;
- Prisão de ventre – diarréia – gases – cólicas;
- Fezes e flatos malcheirosos, presença de gordura nas fezes;
- Desenvolvimento de pedras ou disfunção da vesícula biliar;
- Úlceras no estômago (úlcera péptica);
- Ruptura da linha de grampos – ganho de peso;
- Falha de perder peso suficiente;
- Penetração de corpos estranhos (por exemplo: banda, anel, fita) para dentro do estômago;
- Intolerância a açúcar refinado (“dumping”), com náusea, sudorese, fraqueza e mal-estar.


Agora mais sobre mais a cirurgia e o pós-operatório:

A cirurgia e a recuperação passo a passo
1. Antes da operação
Após realizar todos os exames e avaliações, com a operação marcada pelo cirurgião, a internação é geralmente feita no dia da cirurgia. O paciente deve estar em jejum de 12 horas.
2. No dia da operação
É feita injeção pré-anestésica de um relaxante. O anestesista pega uma veia, já na sala de cirurgia. Injetam-se substâncias que farão o paciente dormir. Ele acordará cerca de 3 horas depois, já na sala de recuperação; poderá estar com uma sonda na bexiga para urinar e outra no nariz. Ficará na sala de recuperação anestésica de 1 a 4 horas, antes do retorno ao quarto. Eventualmente, é necessária a ida para a UTI, dependendo de como o paciente retorna da anestesia.
3. Primeiro dia
Geralmente, é necessário levantar-se da cama o mais precocemente possível; em procedimentos laparoscópicos até no dia da operação. A fisioterapia respiratória é importante. O mais comum é ingerir água e chá, eventualmente caldo, dependendo da operação realizada. Deve-se sentar e andar.
4. Segundo dia
A boa evolução pode determinar a alta a partir do primeiro dia. A dieta líquida tem início e continua em casa. Medicações sintomáticas serão orientadas pelo médico assistente. Dependendo do tipo de operação e ocorrência de complicações, a alta pode ser prolongada para 3, 5 ou mais dias.
5. Em casa
Recomenda-se retorno semanal nas primeiras semanas para a avaliação do cirurgião. Em procedimentos laparoscópicos, com freqüência não são necessárias retiradas de pontos; quando isso ocorre, em laparotomias, é a partir do sétimo dia. Se houver pontos, devem permanecer descobertos e precisam ser lavados com sabonete durante o banho, exceto se houver orientação diferente por parte do cirurgião.
Alimentação é líquida na primeira semana e posteriormente deve ser seguida a orientação específica do cirurgião no primeiro retorno. Podem fazer parte da dieta, sucos, sopas, chás, água, gelatinas, caldos, cremes, alimentos leves e cozidos, evitando frituras e gorduras. Deve-se tomar bastante líquido (até 2 litros por dia), garantindo a hidratação. Evitar café e refrigerantes, álcool e cigarro. Convém ao paciente alimentar-se nos horários das refeições, fazendo um pequeno lanche nos intervalos.É aconselhável que o paciente caminhe bastante, saia de casa e ande em local plano, além de tomar um pouco do sol matinal, sempre que possível.
Cuidados adicionais devem ser observados em casos de operações restritivas.
É necessário cuidado com a consistência dos alimentos, que devem ser OBRIGATORIAMENTE líquidos na primeira semana, período que pode prolongar-se por muitas semanas em alguns tipos de cirurgias. Os alimentos devem ser ingeridos em pequenas quantidades de cada vez. Em seguida, o paciente passa a alimentar-se várias vezes ao dia ainda em pequenos volumes. É preciso evitar líquidos muito calóricos (com açúcar, mel, xaropes, leite condensado). Os alimentos devem ser muito bem mastigados e comer devagar é uma orientação permanente para pacientes de procedimentos restritivos. Se houver a ingestão de grande pedaço de qualquer alimento, ele pode não passar pelo estômago e ou provocar vômitos, náuseas e dor, ou impactar e necessitar retirada por endoscopia nas operações restritivas. Isso não ocorre nas operações disabortivas, nas quais a dieta geral é reintroduzida precocemente.
Esses cuidados alimentares são menores nas operações disabsortivas.
Nesse tipo de intervenção, é recomendada dieta leve-líquida na primeira semana, evoluindo para alimentação normal.Nas operações restritivas, pode ser necessária uma consistência pastosa no alimento por toda a vida.
O retorno às atividades físicas – além do caminhar, que é obrigatório, importante e diário - deve ser progressivo, e sempre orientado pelo cirurgião a partir da primeira semana. Peculiaridades individuais promovem maior ou menor restrição, por isso o médico evita generalizar as limitações físicas.
Em caso de dúvida, paciente e familiares devem ligar para o médico ou para a clínica, onde haverá um profissional apto a fazer as orientações necessárias. O paciente nunca está sozinho, ele deve ter a maior tranqüilidade possível durante a recuperação, ciente de que há uma equipe de profissionais habilitados pronta pra prestar auxílio e esclarecimentos.

E agora claro vamos falar das coisas boas:

Benefícios após a cirurgia para obesidade O conteúdo deste livro pode assustar tanto o médico não especialista quanto o indivíduo obeso. “Porque operar, se é tão arriscado?”, é uma boa pergunta. Decidir-se por uma operação, especialmente de obesidade, é uma das maiores decisões do indivíduo obeso. Para o cirurgião, a escolha do método cirúrgico mais adequado também representa um desafio. A cirurgia para obesidade mórbida é uma cirurgia de impacto, não é um procedimento cosmético, por isso o paciente deve pensar sobre o assunto com muito carinho. Embora a maioria dos indivíduos melhore sua auto-imagem e auto-estima, esta não deve ser a única razão para decidir-se pela cirurgia. O objetivo é viver melhor, com saúde e por mais tempo. Os resultados da cirurgia da obesidade podem ser medidos por: perda de peso, resolução ou melhora de problemas médicos relacionados à obesidade, melhora da qualidade de vida, melhora da auto-estima e aceitação da imagem corporal. Esses resultados geralmente aparecem, após um período de seis a dezoito meses, depois da cirurgia. Muitos estudos demonstram que a maioria dos indivíduos perde uma quantidade suficiente de peso, mas pode sofrer ganho tardio de peso, de acordo com o tipo de operação realizada. Outro benefício da cirurgia de obesidade, que o paciente também deve ter conhecimento, é que a intervenção previne o ganho de peso que a maioria da população, principalmente as mulheres, experimenta com o passar dos anos.Mas o resultado benéfico mais importante está na cura ou controle das graves doenças que acompanham a obesidade mórbida:
» A maioria dos diabéticos melhora significativamente, muitos passam a não precisar de medicamentos após a operação.
» A hipertensão arterial é controlada em mais da metade dos pacientes.
» A apnéia e outros distúrbios do sono melhoram ou desaparecem, algumas vezes mesmo antes de uma grande perda de peso.
» O mesmo pode ocorrer com a incontinência urinária e problemas menstruais
» Diminuição do refluxo gastresofágico, que leva muitos indivíduos a apresentarem pirose ou queimação na região torácica.
» Problemas e dores articulares diminuem consideravelmente, prevenindo complicações futuras.
» Muitas mulheres inférteis ficam grávidas e experimentam uma gravidez e parto seguros.
» As alterações dos níveis sanguíneos de colesterol e outras gorduras reduzem o risco de ataques cardíacos e derrames.
» É importante considerar a melhora na qualidade de vida que a maioria dos pacientes experimenta após a cirurgia, mesmo que nem todo o excesso de peso tenha sido perdido.
» Um dos benefícios mais importantes é a sensação de estar bem consigo mesmo.
» A melhora da auto-imagem e da confiança combate a depressão que frequentemente acompanha a obesidade.
» A cirurgia da obesidade muda a vida do paciente. O relacionamento com a família, amigos e colegas de trabalho pode mudar, mas algumas vezes isso ocorre de maneira não tão positiva quanto esperado.
» Por causa dos preconceitos da sociedade para com os obesos, a perda de peso aumenta a aceitação social e abre portas para melhores oportunidades de trabalho, amizades e relacionamentos sexuais.
(Dados retirados do site: http://www.cimamed.com.br/institucional/home.asp)

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