quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vida de mãe, profissional, esposa, dona de casa...

Estou vivendo um momento bem parecido com este artigo: Leiam e reflitam.

Jo, que bom que está dando tudo certo, vc vai ver daqui pra frente vai ser só alegria! Mudei a foto do perfil está mais atualizada!

Aí vai o artigo:

Qualidade, quantidade e um montão de culpa
Tita Belliboni*


Como cuidar de tudo? Como dar conta de ser boa profissional, boa esposa, boa dona de casa? Como achar tempo pra cuidar de si e ainda ser boa mãe? Nota 10 em tudo nem a Mulher Maravilha nem a Mulher Gato (afinal elas não tiveram filhos), e a Feiticeira só conseguia fazendo suas magias! Aqui, na vida real, o enredo funciona de outra forma e somos nós que escrevemos essa história.

Como administrar tudo e o que vem junto: aquela sensação de culpa gigante. Parece que ficamos sempre a dever aos nossos filhos principalmente. A dúvida sobre se o que estamos dando, se o tempo que ficamos com eles é suficiente e, mais do que isso, eficiente. Aquela velha comparação entre quantidade e qualidade continua em pauta. Então vamos por partes:

- Quanto tempo você pode estar com seus filhos? Essa primeira pergunta é muito importante. Ela traça sua real possibilidade. Aquilo que é fato e no fato não pode caber mais a dúvida e, se couber, indica que você teria outra alternativa.

- Quais são suas prioridades? Estabeleça e organize de uma forma ou de outra o tempo que você realmente tem para as crianças. Nesse tempo, você pode estar exclusivamente para elas ou ainda tem que dividir com outros afazeres?

Os dois momentos são muito importantes. Aqueles em que você pode estar por inteiro, olhos nos olhos, paciência, alegria, dedicação total, atenção absoluta são muito ricos! Significam a troca verdadeira com a tal qualidade, que buscamos oferecer. Isso acontece quando nesses instantes estamos mesmo com os nossos filhos e não apenas perto deles. Estamos sentindo, conhecendo, oferecendo, acrescentando!

Tente tornar esses momentos o mais especial possível, o mais gostoso possível, pra que sendo tão consistentes possam superar os de ausência.

Perdemos muitas lembranças no decorrer da vida, mas todos nós somos capazes de recordar momentos especiais que tivemos com os nossos pais – às vezes tão simples quanto ouvir histórias, pescar, fazer uma guerra de travesseiros, cantar uma mesma música que todos adoram, fazer um brigadeiro juntos... Enfim, qualquer coisa que implique em dividir prazer, alegria, ternura. Criamos intimidade, cumplicidade, amizade.

Da mesma maneira, criamos e fortificamos a segurança se nos primeiros desafios estivermos de mãos dadas, incentivando, reforçando a autoestima, orientando, fazendo com que reconheçam o porque das coisas, das mais corriqueiras, como escovar os dentes, comer direitinho, às mais complexas, como o abandono das fraldas, chupetas e mamadeiras, a primeira vez no dentista, o primeiro dia de aula, as vacinas, o machucado, o castigo...

Se você não puder estar presente em outras situações, suas palavras estarão registradas e o seu amor também! Falo sempre da coerência e da constância porque são nossas aliadas, preciosas na questão da qualidade e da construção de outro fator essencial que é a confiança.

Se o nosso tempo é curtinho, não podemos gastar tanto negociando regrinhas que já deveriam estar estabelecidas. Um grande mal que cometemos é que, pela culpa que sentimos, compensamos os filhos e nesse “já que” perdemos a consistência do que dizemos, permitindo além, voltando atrás, deixando passar..

Não coloque em dúvida o seu amor, a sua dedicação. Faça o seu possível e a criança se sentirá confiante e segura nesse caminho. (Lembre que ela não teve outra supermãe 24 horas! Ela conhece apenas uma mãe e uma realidade.)

Vamos agora para o outro momento em que estamos com as crianças, mas com todo o resto: atender ao telefone, arrumar a casa, ver o jantar, estudar e outras obrigações.

Também faz parte que ela entenda que cada um tem suas tarefas. Que ela não é por todo o tempo o centro do mundo e assim começa por aprender a dividir o tempo e o espaço com as outras pessoas. Se toda vez que você estiver com ela o resto parecer congelar, como essa criança vai entender a ordem verdadeira das coisas? Como vai aprender a se comportar e, mais do que isso, a estar feliz e tranquila mesmo quando não for a sua vez?

O fato é que por todo o tempo somos educadoras e isso não significa apenas ensinar o que é justo e correto, mas também ensinar que nenhum de nós é perfeito, ou super, ou mega. Somos verdadeiros e tentamos, sim, amar da melhor forma, respeitando a hora, a vez, o tempo e o espaço do outro. Valorizando o que é dos outros, valorizamos também o que é nosso, e vice versa.

Criança precisa saber que Mãe também toma banho, come com calma, chora, lê, vê sua novelinha, tem amigos, tem sono, precisa se divertir e relaxar!

Estabeleça suas regras, organize sua rotina, aproveite o dia de hoje, o momento do agora. Pegue seu pequeno na escola quando puder, converse no carro, cante, crie um trajeto diferente. Aproveite! Sente-se no chão e brinque se tiver vontade, mas encontre uma atividade que seu filho goste e divida com ele esse momento. Aproveite! Confira seu sono, dê um beijo de boa noite, sinta o prazer de um dia vivido. Aproveite!

Seja firme, imponha limites, seja coerente e jogue a culpa fora. Ela não a deixa aproveitar como se deve e compromete por si só a qualidade do tempo com seus filhos. Deixa um tom de obrigação e remorso que ninguém precisa sentir.

Delegue as tarefas que puder e fique com o essencial porque esse momento, sim, dura pra sempre! Aproveite! O tempo passa depressa demais!

“Luciana Belliboni, que tem o carinhoso apelido de Tita, é pedagoga de São Paulo e apresentadora da versão brasileira da série Doces Momentos, do canal Discovery Home & Health.”

2 comentários:

Unknown disse...

Vc continua ótima! Um grande bj... Peguei o resultado dos exames de 1 mês: tudo perfeito... até a esteatose do fígado desapareceu... colesterol foi pra 186 (um sonho)...

Anônimo disse...

Oi linda, passei no seu blog... estou com IMC 42, pensando na cirurigia, vou passar por um medico... quem sabe... voce esta linda! parabens! adorei o blog, bjinhis