sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Abraçando a imperfeição...

Abraçando a imperfeição

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, tomates e torradas (bastante queimadas) defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Baby, eu adoro torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite a meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor empregado, ou cozinheiro!"
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Esta é a minha oração para você, hoje. Que possa aprender a levar o bem, o mal, as partes feias de sua vida, colocando tudo aos pés do Espírito. Afinal, ele é o único que poderá lhe dar uma relação na qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor.
" De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos e com amigos.
Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio.
Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse.
Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentirem. [autor desconhecido]

2 comentários:

claudia disse...

Muito lindo!!! Acredita que foi assim que aprendi a cozinhar? Meu marido sempre elogiava e comia qualquer gororoba q eu fizesse...beijinho

Unknown disse...

Oi, Patrícia, adorei seu blog, tirou todas as minhas dúvidas. Meu nome é Lívia, moro em Ibiá- MG, tenho 27 anos e estou com 33 dias de operada.Operei com o Dr. Luis Flavio Vilela de Mesquita (Uberaba) acho que foi o msm que vc. Gostaria conhecer vc melhor. obrigada. liviamariapimenta@hotmail.com