segunda-feira, 29 de junho de 2009

Artigo Especial...

Recebi este artigo de uma amiga querida que possui o dom da escrita! Ela participa de um site chamado Para Ler e Pensar, onde ela escreve diariamente artigos e crônicas, quem quiser conhecê-la melhor é só acessar aqui: Alessandra Leles Rocha


Será culpa do relógio?
Por Alessandra Leles Rocha

Por que andam tão apressados os ponteiros do relógio e nos fazem impedir de tecer com mais afinco e dedicação a convivência com quem amamos?
Não se trata de negligência, ausência de amor ou frieza, o fato é que cada dia mais os ventos da vida nos arrastam para longe uns dos outros. Tarefas, obrigações, compromissos e mais compromissos e o dia com apenas vinte e quatro horas para administrar tudo. Equilibrar a vida cotidiana não tem sido tarefa fácil!
E assim as relações humanas vão se esgarçando, perdendo a preciosidade da convivência, da amizade, da construção tijolo a tijolo. Encontramos-nos raramente – na maioria das vezes, em momentos de dor e tristeza, com a perda de alguém especial -, conscientes ou não fomos substituindo o real pelo virtual, e entre nós e as pessoas queridas estabeleceu-se as mensagens via internet. Rápido, rotineiro, o computador restou como o último elo de comunicação mais freqüente para que as relações humanas não se perdessem no silêncio do tempo.
Privilegiados os que mantêm o convívio mais estreito, desfrutando do prazer da companhia, dos encontros em que se pode rir e discutir porque amigos são para todos os momentos, da felicidade de perpetuar essa dádiva de geração para geração. E verificando que ainda existem felizardos assim – poucos é certo! -, paira a dúvida se de fato a culpa é do relógio.
Talvez, no fundo, seja nosso individualismo exacerbado, fomentado em fogo alto pela necessidade de sobreviver na selva da vida, que tenha enrijecido nossos sentimentos a ponto de nos esquecermos o que realmente vale à pena.
O tempo passa, mudamos, nos transformamos por dentro e por fora; mas, as relações humanas são capazes de acompanhar e sobreviver a isso tornando-se ainda mais belas. A vida é como vinho, o tempo passado vai tornando-a cada vez melhor; mas, temos abdicado de degustar algumas safras, saboreando buquês mais recentes, ao alcance, em detrimento dos mais encorpados e valorosos.
Não basta viver! É preciso conviver, compartilhar, fiar laços de sabedoria, de amor, de cumplicidade. O relógio não há de parar, o tempo não há de parar, para que sejamos capazes de exercer essa necessidade vital. Cabe a nós não esperar a perda para lembrar que era importante estar junto de quem se quer bem, o máximo que pudermos. Mesmo assim, o dia que o inevitável nos arrebatar sentiremos um pesar imenso por talvez não termos estado juntos um pouco mais.
Alessandra Leles Rocha

Publicação: http://www.paralerepensar.com.br/ - 19/06/2009

Um comentário:

Michele Rodrigues disse...

Olá, meu nome é Michele Rodrigues, sou de BH e estava lendo seu blog, estou pesquisando sobre a Gastroplastia pq estou fazendo os exames para fazer também, vou levar os resultados dos meus exames está semana para o meu médico para depois fazer a pericia na Unimed, confesso que estou anciosa para resolver tudo o mais breve, parabéns para vc, vc está maravilhosa. Um grande abraço,
Sucesso.

Michele Rodrigues.