quarta-feira, 16 de abril de 2008

Peixe, peixe, peixe...

Eu amo um peixinho então estou bem....
Bjim

Peixe pequeno
por MARJORIE RODRIGUES, FILHA DE LÉIA E JOAQUIM
28 de fevereiro, 2008
http://revistapaisefilhos.terra.com.br/

Comer salmão, sardinha, atum e outros pescados durante a gravidez e amamentação é bom para você e o bebê.

Mais peixe no prato pode significar menos tempo de trabalho de parto, menos risco de depressão e uma criança muito mais esperta. Filho de quem come peixe, peixinho é. Durante a gravidez, o marido da professora Kátia Levin preparava para ela salmão com alcaparras, seu prato favorito. Depois que Ana nasceu, o hábito se manteve, durante toda fase da amamentação. Quando a pediatra orientou a oferecer peixe na sopinha, Kátia achou que a filha recusaria. Mas menina adorou. Acostumada com o gosto que sentia no líquido amniótico e, depois, no leite da mãe, não tinha como estranhar. Sem saber, Kátia fez um bem danado a si mesma e à filha. A menina falou cedo, andou antes dos 10 meses e, aos 5, já lia e escrevia. Claro que não dá para atribuir tudo à alimentação, mas, segundo os estudiosos, peixe faz mesmo o milagre da multiplicação de benefícios. O salmão de que Kátia tanto gosta é um dos pescados ricos em ômega 3, um tipo especial de gordura composta pelos ácidos graxos docosahexaenóico (DHA) e eicosapentaenóico (EPA). Se os nomes são bastante complicados, as vantagens são simples de entender, sobretudo pra quem está grávida. O ômega 3 é anticoagulante e deixa o sangue menos viscoso, facilitando a circulação e a passagem de nutrientes da mãe para o bebê. Segundo pesquisadores da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, é exatamente por isso que as gestantes que comem bastante peixe costumam ter bebês grandes e fortes. Quem consome ao menos 0,15 g de ômega 3 por dia reduz em 13% as chances de ter um bebê menor do que o normal. Se você ainda não se convenceu, aí vão mais argumentos: o tal do ômega 3 ainda participa da formação da retina do feto e ajuda a evitar parto precoce. Um bebê com deficiência dessa substância é mais suscetível a ter problemas de visão, além de ter mais chances de nascer prematuro: a ingestão de ômega 3 reduz em 31% as chances de entrar em trabalho de parto antes da hora. Quando se trata de gestações de alto risco, essa porcentagem aumenta para 61%. Ou seja: vale muito a pena incluir peixe no seu cardápio, ainda mais se você sabe que está no grupo arriscado a ter filho antes dos nove meses. Só esses benefícios já seriam o máximo. Mas, se, além de saudável, você quer um filho comunicativo e sociável, o peixe também é uma boa ajuda, pode acreditar. Um estudo publicado na revista inglesa The Economist revelou que os filhos de mulheres que comem peixe regularmente têm coordenação motora mais desenvolvida e maior habilidade verbal. “A Ana falou supercedo. E até hoje ela me surpreende com a desenvoltura com as palavras”, conta Kátia. A explicação: 60% do cérebro são compostos de gordura e metade dessa gordura é feita de DHA, um dos ácidos do ômega 3. A outra metade é composta pela gordura do ômega 6, presente no leite e em óleos vegetais, como os de canola, milho e linhaça. Esses alimentos também contêm ômega 3, mas em pouca quantidade. Então, não tem jeito: para suprir todas as nossas necessidades, é preciso comer peixe sempre. Tanto pra ajudar a formação do sistema nervoso central do bebê quanto para facilitar o trabalho do seu. Pondo a cabeça para funcionar, você vai acabar incluindo mais peixe na dieta.
Perto do coração
Outro ponto a favor do peixe: além de ser benéfico para a visão, o ômega 3 faz bem ao coração. A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, fez uma pesquisa e descobriu que comer peixes oleosos – como salmão e atum – pelo menos duas vezes por semana reduz de 20% a 40% as chances de ter um ataque cardíaco. No Japão, onde são consumidas quase 11 toneladas de peixe ao ano, a quantidade de infartos é baixa, apesar do alto número de fumantes (lá, 39% dos homens e 11% das mulheres fumam). Isso acontece porque o ômega 3 diminui os níveis de colesterol e triglicérides, aquelas gorduras que vão parar nos “pneuzinhos” e que, em excesso, acabam entupindo as veias. Isso mesmo: o ômega 3 é uma gordura boa que ajuda a eliminar as gorduras ruins. Melhor impossível. Nós, brasileiros, é que ainda precisamos cair de vez na rede, como Kátia e Ana. Aqui, o consumo anual por habitante fica na média de 7 kg – bem abaixo da média mundial, que é de 16 kg de peixe por pessoa. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que cada pessoa consuma pelo menos 12 kg de peixe por ano. O Comitê Europeu recomenda a ingestão de 200 mg por dia de DHA – para atingir essa quantidade, basta uma ou duas porções de peixe do mar por semana. E isso é o que toda pessoa deve consumir, esteja esperando um filho ou não. Nas grávidas, 30 mg a 45 mg do DHA ingerido são absorvidos pelo feto. O resto fica para ela. Por isso, comer peixe tem de ser costume, não algo que a gente faz só quando engravida.
Leite com peixe
O problema é que, no Brasil, ingerimos cerca de 20 vezes mais ômega 6 do que ômega 3 – esse desequilíbrio só pode ser de, no máximo, 5 vezes. Quanto mais equilibrado o consumo de ômega 3 e ômega 6, mais nutritivo é o leite materno. Então, não dá pra relaxar na dieta depois que o bebê nascer. Nos lugares onde as pessoas comem mais peixe, como o Ártico, o Japão e a costa chinesa, o leite materno tem uma composição mais completa do que nos Estados Unidos, por exemplo, onde as pessoas comem pouco peixe e, quando comem, preferem receitas menos saudáveis, como peixe frito. Acontece que, nos Estados Unidos, há uma preocupação exagerada com o risco de contaminação por mercúrio – que, em altas quantidades, prejudica mesmo o desenvolvimento neurológico fetal. Lá, 90% das grávidas comem menos peixe do que deveriam porque não querem se contaminar. Resultado: tanto medo aumentou as deficiências nutricionais das mães e dos bebês. Para dar um basta nisso, a coalizão Healthy Mothers, Healthy Babies (mães saudáveis, bebês saudáveis) fez um apelo: peixe sim, por favor! Comendo 200 g de peixe por semana vai ser difícil exceder a quantidade de substâncias tóxicas que seu organismo consegue tolerar. Claro que a gente sabe que todo cuidado é pouco e não pode bobear. Para evitar intoxicação, procure saber a procedência do peixe. Nada de comer em qualquer restaurante. E siga o lema: “quanto mais fresco, melhor”. As Healthy Mothers também avisam que os peixes que mais podem conter mercúrio são o atum e o tubarão. Então, é melhor não comer mais do que 339 g de cada um na semana. É só ir variando o cardápio, alternando com outros tipos de pescado. O pediatra Marcelo Freire, gerente médico da Nestlé Nutrition, pai de Ana Clara, lembra que as chances de intoxicação são maiores se você come peixes que comem outros peixes. Afinal as espécies no topo da cadeia alimentar absorvem o mercúrio das outras. Quanto às receitas com peixe cru, melhor evitar, ao menos durante gravidez e amamentação. A gente sabe que sushi é uma delícia, mas, se você não souber como o peixe foi armazenado, não o coloque na sua mesa. A difiolobotríase, ou doença do peixe cru, é uma infecção causada pela tênia dos peixes, semelhante à solitária de bois e porcos. Para matar o parasita, o pescado deve ser mantido a pelo menos -20ºC por, no mínimo, sete dias. Tomando essas precauções, os riscos são peixe pequeno perto do oceano de coisas boas que comer mais peixe pode trazer.
ÔMEGA 3: BOM PARA O BEBÊ E PARA VOCÊ
Para você
Tem efeito anticoagulante e antiinflamatório, reduzindo as chances de doenças cardíacas. Reduz as taxas de triglicérides e o colesterol total. Pode tornar o trabalho de parto mais curto. Mais peixe no prato diminui as chances de desenvolver depressão pós-parto.
Para o bebê
Estimula o crescimento do feto. Reduz as chances de a criança nascer prematura. Regulariza os padrões de sono. Ajuda no desenvolvimento das funções cognitivas, como a coordenação motora. Atua na formação da retina.
OS MELHORES
Os peixes mais ricos em ômega 3 são aqueles que vivem em águas profundas, frias e salgadas, exceto o bacalhau. Neste peixe, o ômega 3 só está presente nas vísceras. Então, prefira:
SALMÃO: Com ¼ de proteínas, ajuda a formar o tecido de placenta e líquido amniótico. 125 g de salmão contêm de 28% a 50% de cálcio, que fortalece leite, dentes e ossos. Grávidas devem ingerir 1.200 mg de cálcio/dia. 100 g têm 164 kcal.
SARDINHA: A versão enlatada tem muito sódio, que pode ser perigoso em caso de pressão alta. Em conserva, tem 285 kcal. Assada, 164 kcal.
CAVALA: Rica em vitaminas A, D, E e K, além de elevados teores de iodo, um mineral essencial ao bom funcionamento da tiróide. 100 g têm 260 kcal.
ATUM: Com ferro e selênio (que combate tumores). Fresco, tem 118 kcal. Em conserva, 166 kcal.
MAS ELES SÃO CALÓRICOS! Lembre-se: a gordura presente nesses peixes faz bem. Então, é só compensar, diminuindo a quantidade de carne vermelha, frituras e doces.

4 comentários:

Ingrith disse...

Viva o peixe!

Anônimo disse...

pati .. nao sei se vc teve parto normal nem se é a favor, mas num grupo que to participando de doulas me foi indicado um site de parto normal .. se vc quiser conhecer ... http://www.partodoprincipio.com.br/

beijuuuuuuuuuuuuuuu

Anônimo disse...

Hum...

Eu comi peixe hoje =)

Mais posso ser sincera???
Hauhauhau...

Naum gosto muito!!! hehehe...

Beijos no S2,
Fabíola Rocha

Sharah Lopees disse...

kkkk eu amo peixe mais da muito trabalho fazer ,mais depois deste post vou rever meus pensamentos beijos